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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Antiética

Outro dia eu descobri que meu álbum solo estava sendo comercializado pela internet pela bagatela de R$ 5,00. Estava pesquisando sobre o álbum no orkut e me deparei com um tópico em uma comunidade qualquer que enviava pra quem quisesse o álbum, pela módica quantia. Ainda apresentava o produto: "Metal Nacional, original, debut".

Primeiro que já começou com informação errada. O disco em questão era o "Behind the Sun", meu segundo trabalho e não o debut. Segundo é que pra fazer algo assim, alguém tem que ter pelo menos o mínimo de inteligência. Consegui descobrir a identidade do vendedor e onde trabalhava, apenas pelo seu perfil no orkut. Quem faz isso não pode se expor dessa forma, é facilmente descoberto.

No final das contas descobri que tratáva-se de um redator de um webzine para o qual eu tinha mandado uma cópia do disco para crítica. Algo que eu mandei para a divulgação e para colaborar com conteúdo do site estava servindo de mercadoria por aí. É mole?

Mandei um e-mail descendo o verbo e quero acreditar que a pessoa aprendeu a lição. São coisas como essa que desestimulam a produção musical no Brasil.

Fora que dificilmente alguém compraria o cd. Não se compra mais cd há algum tempo. Tanto que desde que comecei a prensar meus trabalhos, o produto material sempre foi usado para divulgação. O público em geral pode tranquilamente baixar o álbum completo no site oficial.

É uma tendência na qual eu acredito, até mesmo porque não tem como ficar dando murro em ponta de faca como muitas bandas fazem ao recriminar os downloads. Há quem condene, eu estimulo.

O que eu condeno mesmo é essa palhaçada de vender a produção alheia, algo totalmente baixo e antiético. Isso tem que ser exterminado com certeza.

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