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terça-feira, 26 de julho de 2011

O negócio é morrer


Desde sábado, a notícia mais veiculada na mídia e nas conversas de cafezinho é a morte de Amy Winehouse.

Esqueceu-se até do louco da Noruega e da Roubalheira do Mundo 2014.

Não conhecia o som da Amy Winehouse, mas agora vou conhecer. Não porque eu quero, mas porque vai ser imposto.

Em qualquer lugar que eu entrar, seja uma loja de discos ou uma loja de meias, a defunta vai estar cantando no som ambiente.

Vai passar Globo Reporter da Amy, especial MTV, vão citar ela na cerimônia do Oscar e vai ter comediante imitando ela por anos a fio.

No mundo da música vão colocar Winehouse no mesmo "clube" de Hendrix, Joplin e Morrison dos mortos aos 27, achando tudo uma estranha coincidência.

A mulher vai vender mais discos do que nunca e será considerada A artista dos anos 20XX.

Tudo por que?

Morreu.

E não importam os motivos da morte nem a forma como ela era vista antes, o que importa é que morreu prematuramente e isso é o suficiente para criar-se mitos.

Pergunto: por que as pessoas não são valorizadas dessa forma antes de morrerem?

Respondo: Porque o ser humano comum tem medo do gênio vivo simplesmente por não suportar a idéia de que nunca vai chegar no mesmo nível. As pessoas não julgam os mortos simplesmente porque eles não representam ameaça.

E só resta homenageá-los, finalmente.

3 comentários:

  1. assino embaixo !1belo texto !!Parabens Luis !

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  2. O sucesso colossal atinge uma pessoa, psicologicamente falando, de formas diferentes. Algumas encaram como um processo normal do trabalho que estão fazendo. Outras acabam se transformando em semi-deuses e acham que podem tudo. No caso dela, foi mais ou menos a segunda temática. Quando viva, tinha acesso à todos os eventos, festas, drogas, bebidas... Mas nada importa quando você lota uma casa de shows e dá notícias pra todos os jornais, certo?! '¬¬

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